Sem indústria, não há salvação
As cidades que mais crescem no País têm um processo de industrialização consolidado, como Aparecida de Goiânia, Feira de Santana e Caxias do Sul. Exemplo de industrialização planejada, o Centro Industrial de Feira de Santana teve início com a fábrica da Pirelli.
Não adianta ter os melhores shoppings centers, ser um centro médico de referência nacional, contar com dezenas de instituições de ensino superior. Sem indústrias, não há salvação para os municípios do ponto de vista econômico. É o que mostram os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e afirmam representantes das cidades que mais crescem no País.
A reportagem selecionou 32 municípios brasileiros com população entre 350 mil e 600 mil pessoas. Somente 13 deles viram sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) do País crescer de 2006 a 2010. A FOLHA entrevistou representantes de três: Aparecida de Goiânia (GO), Feira de Santana (BA) e Caxias do Sul (RS).
O primeiro, que se localiza na região metropolitana da capital goiana, tem 474 mil habitantes. Sua participação no PIB brasileiro cresceu 21,19% no período. Em valores nominais, o índice aumentou 92%. Lá, o processo de industrialização teve início na década de 1980 e contou com uma boa ajuda do governo estadual. ''Como compensação por recebermos uma unidade prisional, Aparecida ganhou seu primeiro distrito industrial'', conta o secretário municipal da Indústria e Comércio , Ricardo Fouad Rabahi. As indústrias foram chegando e a cidade, por muito tempo considerada um dormitório para quem trabalhava na capital, hoje está no topo do desenvolvimento econômico.